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sábado, 13 de junho de 2009

Introdução a Rastafari (parte 2/4)

baseado e inspirado pelo artigo
"An introduction to Rastafari by Ras Charles and French Dread".



O que é Rastafari...

Rastafari é uma leitura teológico-filosófica de raízes católica e afrocêntricas que religa e integra Homem e Deus. Vejo Rastafari como um movimento de Africanos (todo aquele que se identifica com África), que identifica África como o Berço da Criação. [leia mais...]

África sempre teve um papel central na história religiosa, cultural, científica e tecnológica do Homem. Simbolizada nas Escrituras como Etiópia (I-tiópia), África é um polo emocional para muitos africanos, chamando para a terra dos nossos antepassados, esses, retirados à força há mais de 500 anos pelo Tráfico Negreiro (Maafa), o Holocausto Africano.

Este chamamento é insuportavelmente pungente no Rastafari. Para Rasta é importante que o “Povo Preto” saiba da sua origem, e da sua história, para que possa desenvolver um sentimento de africanidade, orgulho e integridade. África é nobreza e o Africano é seu filho. A ninguém precisa jamais o africano de servir ou admirar.

África é património da Humanidade, não pertence ao africano, pelo contrário, é este que lhe pertence, e é aí que reside o seu orgulho, a sua identidade. Urge recuperar a cultura africana, pois foi denegrida, desmantelada, humilhada e escondida durante muitos séculos. Agora compete ao africano reclamar a sua herança para que possa dar o seu contributo para o Advento de uma Nova Consciência Global.

Vejo Rasta como um Guerreiro Sagrado, ao serviço de África, numa luta pela reconstrução de África, e pela redenção do Homem. Vejo Rasta como um Arquitecto Sagrado, como uma parte da Parede-Mestra que suporta a Harmonia entre os Homens.

Para tal, Rasta não deve lutar contra a Babilónia através das suas armas e munições, mas sim pelo resgate do seu poder ancestral, poder escondido na cultura e no subconsciente colectivo do africano. Munido desse poder, Rasta poderá trazer a união e construir a via que transforma o sofrimento que a Babilónia impõe, sofrimento que nos impede do progresso e da iluminação.

Esta visão afrocêntrica não responsabiliza o “Povo Branco” (ou de qualquer outra côr) pelos males, pois somos todos filhos de Jah. Mas no nosso seio Babilónia prospera, perturbando o Santo Equilíbrio. Babilónia são as barreiras que impomos à nossa felicidade. Babilónia é a divisão entre os Homens. Por isso rasta evita os “ismos” porque qualquer categoria divide, e deixa algo de fora. Rasta luta pela libertação do Homem, “O Povo Unido jamais sera vencido!”

“We are but One... I and I”
[fim.]

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