Início | Cantinho Rasta | Música no Rádio | Ras.Bhenda | Fotos | Contacto
Última actualização:

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sorrisos (O que é que eu queria da vida... parte 3)

Mas ninguém vive sozinho, e o calor de um sorriso pode enxugar um rio de lágrimas...

Os sorrisos, mudam tanta coisa. Os sorrisos secam lágrimas, desmoronam rochas de indiferença, acalmam tempestades de fúrias... Para mim foi um sorriso que mudou tudo!

Eu tínha-me afastado das pessoas, sofria, tinha-lhes raiva, não havia nada que me ligasse a eles, passava todo o tempo de cara fechada, defendia-me deles, mas quando nesse dia olhei para ela... ela sorriu!
[leia mais...]


A Lena era uma rapariga da minha turma que morava perto de mim. Lembro-me de um dia de chuva (naquele tempo ainda chovia em Outubro!... outros tempos) em que fomos practicamente lado a lado, e só quando chegámos à escola, e percorremos o mesmo corredor é que me apercebi que éramos da mesma turma.

Depois, foi um seduzir inocente, um cativar de alma, ela sorria, falava comigo, e a pouco e pouco aquele sorriso foi sarando a minha alma, a pouco e pouco as palavras e gestos foram construindo pontes que me trouxeram de volta a mim próprio, para fora da minha depressão, da minha autocomiseração... permiti-me sentir de novo... e um dia não sei bem quando reparei que já estava a sorrir.

Acho que a Lena não sabe, e nem se apercebeu de que foi um anjo que mudou a minha vida, que a sua maneira de ser, gentil, carinhosa, voluntariosa, sensível foi a única coisa que me tocou e me puxou do buraco onde estava. Ainda hoje pensar nela, enche-me de emoção, porque ela é a prova para mim de que é possível, de que o toque de outro ser humano é terapêutico, é cura, de que o sorriso do coração é transformador, de que a ponte entre os seres é o caminho... [leia menos...]


Obrigado Lena

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O que é que eu queria da vida... parte 2

Um passeio de 3 amigos aos muros da Cidade Universitária veio trazer-me o fim do mundo, quando os meus planos desmoronaram e fiquei apenas com os cacos...

Pois é, o menino que sempre tinha tido boas notas, que nunca sequer tinha posto a hipótese de algo diferente do que ir para a faculdade, estudar biotecnologias, descobrir o código genético, e outras coisas, embateu contra uma parede. Uma parede na Reitoria da Universidade de Lisboa que dizia "Não colocado". [leia mais...]


Aquele foi o meu mais terrível confronto com o fracasso... não entrei... Ri que nem um perdido por não ter entrado, gozei com o meu amigo por ele ter entrado... Mais tarde olhava enquanto o via a entrar numa vida de faculdade, elogiado por todos, invejado por um... eu! Em casa passei de bestial a besta...

Não sabia fazer mais nada, por isso decidi voltar para a escola, a dor da rejeição e do fracasso faziam-me olhar para tudo de maneira diferente. Já não ria, nem sequer sorria. Rapei o cabelo.

Olhava para os colegas que eram um ano mais novos que eu, e pareciam-me a anos luz de mim. Caramba, que sabiam eles do tormento que eu tinha passado! As longas horas de estudo, a incerteza, tão perto da adultidade... Não eles não sabiam. Andavam de "cueiros", debatiam-se com as notas do 12º. Não sabiam nada!

Os meus dias eram assim preenchidos pela amargura, afastei-me da minha velha vida, amigos, lugares, hábitos. Evitei tudo o que me lembrasse do meu fracasso, mas cada vez que ia para a escola voltava a saborerar a derrota, era um fraco, um incompetente que nem sequer tinha entrado na faculdade.

De vez em quando falava com o meu amigo, ouvia as suas histórias, as festas, as pessoas, o conhecimento, outra dimensão de vida, e eu... aqui.

Mas ninguém vive sozinho, e o calor de um sorriso pode enxugar um rio de lágrimas... (continua)
[leia menos...]

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O que é que eu queria da vida...

Ui... comecei por escrever o título, e acho que já fiquei enrascado... Quer dizer, posso sempre responder coisas simples, como: felicidade, saúde, amor, prosperidade... Será?!...[leia mais...]


Durante muitos anos a minha vida tinha uma direcção inequívoca. Queria ser médico! Um desejo igual a ser astronauta, ou bombeiro, não fosse o facto de no mesmo momento em que verbalizei esta vontade, alguém me respondeu que o meu pai tinha sido um grande médico, que toda a gente gostava dele, ("como seria bonito eu seguir as suas pisadas!", pensava eu).

Tenho consciência que essa foi a minha primeira grande escolha. Deixou de haver espaço para outras opções, nem letras, onde me perdia horas a ler e a imaginar; nem desporto, onde evoluía sempre de maneira notávle; nem música...nada. Aos 5 anos já sabia para onde ia. Fui afunilando, de médicina a química aplicada às biotecnologias, do estudo dos homens, ao estudo do microhomem. Tudo era claro e simples, nunca chumbei, nunca hesitei na escolha das minhas áreas, a confusão que outros sentiam éra-me estranha... como podiam não saber o que queriam fazer... Não é que quisesse ser o melhor aluno, apenas já sabia o que fazer... e as aulas não eram assim tão difícieis.

Um passeio de 3 amigos aos muros da Cidade Universitária veio trazer-me o fim do mundo, quando os meus planos desmoronaram e fiquei apenas com os cacos... (continua)
[leia menos...]

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Maravilhosas... Hoje e Sempre

Todas as pessoas em algum momento da sua vida já foram maravilhosas para alguém. Isto é um facto, tão verdadeiro como também, em algum ponto desse mesmo percurso já todas foram sacanas ou ruins. Luz e Sombra, Água e Fogo, Terra e Ar, cada ser é um todo e encerra dentro de si a dualidade, primeiro passo para a totalidade. [leia mais...]


Se cada um de nós é ambas as coisas, podemos escolher o que queremos lembrar de cada pessoa, podemos escolher quem é a pessoa que estamos a ver, e por isso essa pessoa pode ser maravilhosa ou terrível... Sendo assim para quê recordar os outros pelos erros que fizeram? Cada um de nós já tem erros que chegue, sem ter que arcar com os erros dos outros... assim, vou (tentar) lembrar o que de maravilhoso cada pessoa me deu...

[leia menos...]


Jah Bless!